quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Contra informação e propaganda

por José Nivaldo Cordeiro em 19 de agosto de 2008

Resumo: Mentiras para enganar a opinião pública e pesquisas contestáveis sobre tendências do eleitorado talvez nem precisem ser utilizadas em breve, tamanho o grau de autoritarismo que já existe no país.

© 2008 MidiaSemMascara.org

Foi cirúrgico: ao tempo em que vieram a público as notícias sobre os e-mails encontrados no computador do terrorista Raúl Reys, comprometendo autoridades brasileiras ligadas ao PT, o ministro da Justiça, Tarso Genro, inventou o factóide de revisão da Lei de Anistia, atiçando a ira do meio militar. A notícia importante, a ligação de nossas autoridades com o terrorismo das FARC, sumiu como por encanto de todos os meios de comunicação, entrando em seu lugar o factóide inventado por Genro. Dias depois o bondoso Lula mandou seu ministro se calar, ficando o dito pelo não dito, mas o escândalo dos e-mails foi devidamente esquecido.

Fiquei muito impressionado com o poder da contra-informarão e o soberbo poder demonstrado sobre a mídia que têm os estrategistas do Planalto. Nem nos tempos do Regime Militar vi tamanha eficiência e grau de controle do poder constituído sobre a mídia. A notícia mais sensacional e importante de nossa grande política foi picada no triturador de papel, no caso as manchetes de jornais que deixaram de ser impressas.

Vou votar em Geraldo Alckmin para prefeito de São Paulo. É o melhor nome, o único em condições de vencer Marta Suplicy. Ontem (15/08) o IBOPE divulgou estranhíssima pesquisa, pela qual a candidata do PT abriu quinze pontos de vantagem sobre o candidato do PSDB. Como nenhum fato novo relevante aconteceu desde a última pesquisa divulgada (dava vantagem a Alckmin), só posso concluir que esses novos números ou têm forte viés de amostra (erro técnico) ou a mão deliberada do inimigo. A mesma técnica usada para apagar os rastros de Raúl Reys da mídia pode estar sendo utilizada para induzir o eleitorado a achar que Marta “já ganhou”.

Reiteradas vezes tenho apontado que o fato de São Paulo (prefeitura e Estado) não estar nas mãos do PT é o grande freio para as ambições totalitárias do partido governante. Não que José Serra seja alguém diferente do PT, ao contrário. Serra, assim como muitos dos que se filiam ao PSDB, comunga das idéias igualitaristas do PT e pratica objetivamente a mesma política. Ocorre que esses políticos não empunham mais a bandeira revolucionária e aceitam o jogo democrático da alternância de poder. No caso particular de Serra há um terceiro fator: seu grupo não se dá pessoalmente com o PT, até onde se sabe. O efeito “caciquismo” é importante para que o governador de São Paulo se mantenha longe da influência petista.

Mas Serra, por seu voluntarismo individualista, pode indiretamente estar ajudando o PT. Ao forçar a candidatura do prefeito Kassab contra suas próprias bases e contra as evidências de que Alckmin reúne as melhores condições para derrotar Marta Suplicy, põe água a mover o moinho do PT. De fato Serra, ao não se ligar publicamente ao candidato de seu partido e ao não somar esforços eleitorais consistentes – vale dizer, pôr recursos e energia na campanha – está fazendo o jogo do inimigo.

Uma eventual derrota de Geraldo Alckmin poderá comprometer mais do que a futura candidatura de Serra à Presidência da República, poderá significar a perda sucessiva da prefeitura de São Paulo e do governo do Estado. Marta, eventualmente vitoriosa, marchará resoluta para ganhar o governo do Estado. Aí o país inteiro ficará á mercê dos revolucionários que comandam hoje o Palácio do Planalto. O que está em jogo é o futuro da democracia no Brasil.

A miopia do grupo de José Serra reflete a miopia de nossa classe pensante, desde sempre, a de que o PT é um partido como outro qualquer. Não é. É um partido revolucionário que está à espera de acumular forças suficientes para colocar seu projeto totalitário em ação. Se seus dirigentes ganharem a prefeitura de São Paulo darão um passo gigante na direção de sua hegemonia. Aí até o projeto de re-reeleição de Lula sairá do papel com rapidez.

Mentiras como essas de Tarso Genro sobre a Lei da Anistia, para enganar a opinião pública, assim como essas pesquisas tecnicamente contestáveis sobre a tendência do eleitorado nem mais precisarão ser utilizadas como expediente. Podemos estar agora na véspera do poder totalitário.



José Nivaldo Cordeiro é economista e mestre em Administração de Empresas na FGV-SP.

http://www.nivaldocordeiro.net/

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Relacionamentos no mundo corporativo

O sucesso consiste em não fazer inimigos, por Max Geringer

Nas relações humanas no trabalho, existem apenas 3 regras:

Regra número 1: colegas passam, mas inimigos são para sempre. A chance de uma pessoa se lembrar de um favor que você fez a ela vai diminuindo à taxa de 20% ao ano. Cinco anos depois, o favor será esquecido. Não adianta mais cobrar. Mas a chance de alguém se lembrar de uma desfeita se mantém estável, não importa quanto tempo passe. Exemplo: se você estendeu a mão para cumprimentar alguém em 1997 e a pessoa ignorou sua mão estendida, você ainda se lembra disso em 2007.

Regra número 2: A importância de um favor diminui com o tempo, enquanto a importância de uma desfeita aumenta. Favor é como um investimento de curto prazo. Desfeita é como um empréstimo de longo prazo. Um dia, ele será cobrado, e com juros.

Regra número 3: Um colega não é um amigo. Colega é aquela pessoa que, durante algum tempo, parece um amigo. Muitas vezes, até parece o melhor amigo. mas isso só dura até um dos dois mudar de emprego. Amigo é aquela pessoa que liga para perguntar se você está precisando de alguma coisa.

Ex-colega que parecia amigo é aquela pessoa que você liga para pedir alguma coisa, e ela manda dizer que no momento não pode atender. Durante sua carreira, uma pessoa normal terá a impressão de que fez um milhão de amigos e apenas meia dúzia de inimigos. Estatisticamente, isso parece ótimo. Mas não é. A 'Lei da Perversidade Profissional' diz que, no futuro, quando você precisar de ajuda, é provável que quem mais poderá ajudá-lo é exatamente um daqueles poucos inimigos.

Portanto, profissionalmente falando, e pensando a longo prazo, o sucesso consiste, principalmente, em evitar fazer inimigos. Porque, por uma infeliz coincidência biológica, os poucos inimigos são exatamente aqueles que tem boa memória.

Max Geringer

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

É possível manter a privacidade na Internet?

A discussão de privacidade no uso da Internet não é nova, mas à medida que os serviços se desenvolvem, o tema vem à tona novamente. Do ponto de vista de atendimento aos clientes, duas grandes vantagens de disponibilizar um serviço pela Internet são eliminar as barreiras de distâncias físicas e horários de utilização. Já pela ótica do provedor do serviço, o fator motivador mais relevante é o corte de custos operacionais e a abrangência de cobertura.

Na medida em que os serviços deixam de ser meramente informativos e passam a ser transacionais, as preocupações com segurança aumentam bastante. Neste sentido, os mecanismos de identificação e autenticação dos clientes e usuários estão cada vez mais sofisticados, incluindo a utilização de tokens de senhas aleatórias, certificados digitais, cookies de identificação da estação, localização do usuário (endereço IP), entre outras.

É evidente que quanto mais sofisticados são os controles, geralmente mais complicada se torna sua utilização. Como por exemplo, se um usuário utiliza normalmente o InternetBanking a partir de sua casa e da estação da empresa onde trabalha, o banco “aprende” estes endereços, e passa a suspeitar de um acesso a partir de qualquer outro endereço.

Muitos sistemas estão utilizando técnicas semelhantes para identificar usuários, sem necessariamente requisitar um cadastro de login e senha. Dentre estes sistemas, existem aqueles que informam publicamente sua política de privacidade e também há aqueles que se omitem quanto a este assunto.

A questão que surge é: quando estou navegando por sites na Internet, quais informações minhas estão sendo armazenadas e com que propósito? A quantidade de dados sobre hackers, pirataria, sites clonados é tanta que realmente muitos usuários temem navegar por sites desconhecidos.

Se por um lado temos os riscos inerentes de navegar por ambientes desconhecidos, por outro temos oportunidades para explorá-los. Já existem serviços disponíveis na Internet que auxiliam no tratamento desta questão. O serviço permite que você se conecte a ele, e a partir dele navegue por outros sites. É um tipo de site espelho. A grande vantagem de utilizá-lo é a “suposta” garantia de anonimato.

Ainda, no melhor estilo dos softwares P2P(Peer-to-Peer), existe a opção de localização do espelho com melhor disponibilidade.

Serviços como este, antes de utilização restrita a hackers, especialistas em rede, etc, estão cada vez mais acessíveis aos usuários em geral, evidentemente com propósitos diferentes.

Frank Meylan
Janeiro de 2008

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Os sete pecados capitais de usuários de PC

Desde ignorar a proteção de antivírus até negligenciar o backup de dados, mesmo o usuário de PC menos assíduo se sente culpado por hábitos de uso irresponsáveis ou arriscados. Veja aqui os sete mais comuns – e mais perigosos – desses erros.

1. Não manter a proteção antivírusatualizada

Praticamente todos os usuários de PC sabem que precisam de proteção antivírus. Mas isso não é suficiente: é preciso manter o programa atualizado para que ele seja eficiente.

A maioria dos pacotes de antivírus incluem um ano de atualizações gratuitas, mas depois desse período você tem que adquirir uma assinatura, ou desinstalar o software e instalar a versão do ano seguinte. Os programas antivírus que renovam sua assinatura automaticamente são uma forma tranqüila de manter seu computador protegido contra as últimas ameaças da Internet.

2. Baixar material não seguro

Pense duas vezes antes de baixar arquivos de música ou filmes de sites como Kazaa ou Limewire – muitos desses programas ponto a ponto contêm vírus e worms.

Também tenha cuidado com utilitários gratuitos, protetores de tela, jogos, etc. Programas desse tipo com freqüência são culpados pela contaminação de seu PC com arquivos de spyware e malware. Para evitar que isso aconteça, faça uma pesquisa sobre qualquer programa que queira instalar e verifique se você tem um programa anti-spyware atualizado.

3. Esquecer a proteção contra picos de energia

Um rápido surto de alta tensão ou pico de energia pode afetar seriamente ou mesmo destruir definitivamente seu PC. Um protetor contra alta tensão atua sobre seu equipamento canalizando a voltagem extra para o fio-terra da tomada, evitando que ela atinja o dispositivo eletrônico.

Entretanto, nem mesmo os melhores protetores contra alta tensão conseguem salvar seu PC dos milhões de volts que a queda de um raio pode causar. A melhor maneira de evitar danos em caso de tempestades com raios é simplesmente desconectar o PC da tomada.

Para empresas, o uso de um No-break fornece proteção contra todo tipo de interrupção de fornecimento de energia, desde uma pane completa até picos de tensão.

4. Negligenciar o backup de dados

Este é provavelmente o erro com maior potencial de dano e também o mais cometido por usuários de PC. Então como evitar essa conhecida armadilha?

  • CD-R / CD-RW: Muitos PCs têm gravadores de CDs. Você pode acessar os dados armazenados em CDs com facilidade e fazer backup de até 700 MB de cada vez. Os dois tipos de mídia estão disponíveis a menos de 10 centavos de dólar por gigabyte.

  • Unidades flash: Também conhecidos como memory sticks e sticks de memória, esses dispositivos pequenos e portáteis podem ser ligados em qualquer computador com uma porta USB, sendo perfeitos para armazenar pequenas quantidades de dados (a capacidade varia entre 64 MB e 1 GB).

  • Unidades externas de disco rígido: Como os preços continuam a cair, muitos usuários e empresas estão adotando discos rígidos externos como solução de backup. O custo por gigabyte está em torno de 50 centavos de dólar ou menos.

  • FTP: Carregar dados para um servidor seguro localizado em um ambiente protegido via FTP (protocolo de transferência de arquivos) é uma opção fácil. Há vários depósitos de dados online e alguns deles oferecem até mesmo armazenamento gratuito.

Empresas pequenas e médias devem considerar um sistema de backup automatizado mais avançado.

5. Ignorar atualizações do Windows®

Se você usa o Microsoft® Windows, precisa das últimas correções de segurança e service packs para que seu PC fique protegido contra ameaças à segurança e possa funcionar com os melhores recursos. Não esqueça de ativar Atualizações Automáticas ou obter as atualizações manualmente.

6. Utilizar anexos de email de forma errada

Tentar enviar arquivos gigantes (como vídeos ou fotos) pode afetar o desempenho de servidores de email e consumir quantidades imensas de largura de banda e armazenamento. Uma solução fácil: para arquivos maiores, o uso de dados compactados ou "zipados" permite transferências muito mais rápidas, maior largura de banda disponível e mais espaço livre em disco.

Além disso, ao abrir anexos de email, não esqueça de verificá-los primeiro para ter certeza de que eles são seguros e não contêm vírus.

7. Deixar os amigos e a família usar seu PC

Permitir que outros usuários acessem seu computador aumenta a probabilidade de contaminação por vírus, downloads de arquivos e programas indesejados e alterações de configurações personalizadas em seu PC.

Mas você também não precisa proibir a aproximação de todos ou esconder o notebook no armário. Se você usa o Windows 2000 ou o XP, ative a conta Convidado para outros usuários. Essa configuração impede a instalação de novos programas e alterações em configurações do sistema.

Se você tiver um problema de hardware ou software com o qual precise de ajuda, entre em contato com a www.cpcinformatica.com.br para obter suporte e serviços.

Microsoft e Windows são marcas comerciais registradas da Microsoft Corporation nos Estados Unidos. Windows Vista é uma marca registrada ou marca comercial da Microsoft Corporation nos Estados Unidos e/ou em outros países

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Circulo Vicioso

Por Cleyson Dellcorso.
Era uma grande distribuidora, empresa familiar, que buscava melhorar sua operação. Pediam criatividade e comprometimento de seus colaboradores, porém parecia que quanto mais o grupo de gerentes era estimulado, mais se distanciava do objetivo. Naquele dia eu estava sendo apresentado ao novo Gerente de Recursos Humanos: o terceiro em um ano e meio.

Eu fora chamado para um trabalho de coaching organizacional. Havia combinado almoçar com o Diretor geral e patriarca da família para fazermos uma análise da situação e traçarmos um plano de trabalho.

Podemos aliar nossas experiências, você cuida do planejamento do pessoal e eu da forma de tratá-los. Empregado necessita de rédeas curtas, eu construí esta empresa com mão de ferro. Foi esta a primeira frase do Patriarca assim que nos acomodamos no restaurante.

Na primeira frase a causa do problema já estava praticamente identificada...

Quando pessoas são gerenciadas como coisas deixam de acreditar que ser líder é uma escolha.

Não existe a função LIDER. Muitas empresas erroneamente designam a função de gestor como líder disto ou daquilo. Seus funcionários passam a entender que Liderança é algo que deve ser outorgado, portanto não se vêem como líderes. Ser Líder é uma escolha pessoal e a Liderança deve ser conquistada.

Quando a liderança é imposta, de modo funcional se inicia um circulo vicioso que não é salutar para a organização: Os colaboradores não entendem que podem exercer a liderança, pois acham que liderança é só para quem está no comando. Não exercendo a liderança, passam a ser meros coadjuvantes sem idéias próprias e atuam sem entusiasmo. Por não terem entusiasmo não vestem a camisa da empresa e consentem em serem tratados como coisas, que por sua vez...

Depois de implantado o círculo vicioso ele se transforma em co-dependência porque uma das partes tornando-se fraca reforça e justifica o comportamento da outra.

Os gestores exercem um controle excessivo sobre a equipe o que estimula comportamentos que requerem cada vez mais controle, pois cada um passa a ter uma atuação restrita naquilo que lhe é solicitado, não procurando colocar-se como peça importante do processo, pois sem opinião própria não atuam em benefício da empresa.

Como não entendem que a liderança, a autonomia e a criatividade podem ser exercidas tornam-se dependentes de seus gestores, institucionalizando a co-dependência até o ponto em que ninguém mais assume responsabilidades e com o passar do tempo, gestores e colaboradores formam um pacto inconsciente, abrindo mão da autonomia acreditando que os outros é que devem mudar e agir.

Não percebem que caíram em uma armadilha e aqueles que são novos na organização têm que adotar uma em duas situações: lutar contra tudo e contra todos ou fazer parte do pacto inconsciente.

Quando este círculo vicioso e esta co-dependência estão instalados em uma organização o processo de reversão é lento e muito difícil, necessitando talvez algumas ações drásticas. Talvez seja mais fácil mudar comportamentos em toda uma organização que explicar aos mais antigos que estamos vivendo sob um novo paradigma organizacional e que a gestão de pessoas que utilizamos no século passado é anacrônica para os dias de hoje.

cleyson@dellcorso.com.br

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

BSEmpresarial ERP – Gestão Empresarial

BSEmpresarial ERP – Gestão Empresarial

A CPC Informática tem a solução perfeita para integrar e otimizar os processos da sua empresa.

Com esse avançado ERP (Enterprise Resource Planning), sua empresa entra num novo conceito de trabalho. As informações de todos os departamentos são organizadas de forma racional e prática, eliminando etapas e retrabalhos. Com a automatização de tarefas, os recursos podem ser redirecionados e melhor aproveitados. Além disso, o BSEmpresarial proporciona uma integração completa de todos os processos da sua organização. Com o BSEmpresarial, você adquire liberdade para focar na administração e gestão do seu negócio. A tecnologia passa a trabalhar a seu favor.

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Humor: Sócio bom é sócio minoritário.

Por: Henrique Szklo, o Carneiro.

Quem nunca quis matar o sócio que atire a primeira duplicata.

Dizem que ter um sócio é uma experiência, no mínimo, complicada. Não vejo assim. Costumo enxergar sempre o lado bom das coisas, a parte positiva, as lições que se possa extrair até das tragédias, como, por exemplo, ter sócios. Pra começar, trata-se de uma excelente maneira de fortalecer o caráter e forjar uma personalidade equilibrada. Quem agüenta um sócio é capaz de enfrentar qualquer desafio. Uma espécie de "No limite" onde, ao invés de comer minhocas e olhos de cabra, engole-se sapos. Conseguir manter uma sociedade sem estrangular o sócio, picá-lo em pedacinhos e oferecê-lo aos cachorros é a prova definitiva de que você está preparado para a vida.

Dizem também que sociedade parece com casamento, já que começa em festa e acaba em baixaria. No matrimônio você trata o outro mal, xinga, grita, bate a porta na cara, ofende, faz o diabo, mas pelo menos tem sexo no final. Ou no começo. Até no meio, não importa. Já na sociedade você trata o outro mal, xinga, grita, bate a porta na cara, ofende e faz o diabo. Não tem sexo, mas em compensação tem muita sacanagem. Antes, durante e depois.

Mas admito: sócio é um bicho complicado, incontrolável, com idéias próprias (inevitavelmente diferentes das nossas), implicante, dono da verdade, um chato de galochas que sempre acha que trabalha mais que a gente, o que é um flagrante absurdo, já que é óbvio que é a gente que trabalha mais que ele. Nem se compara.

Quando o assunto é dinheiro, então, a sociedade passa por seus momentos mais espinhosos. Cada uma das partes sempre se acha lesada e acredita que merece um quinhão maior nos lucros. Sua empresa, por exemplo, anda pouco lucrativa? Tem certeza? É o que seu sócio diz ou você viu com os próprios olhos? É bom dar uma checada, só pra garantir. Acho sensato, inclusive, que você dê um jeitinho de ficar com uma parte maior, sem que ele fique sabendo, claro. Não há nada de errado nisso. Você estará apenas fazendo justiça. Aquele cretino merece ser passado para trás.

Uma vez fui a uma festa para comemorar a nova composição societária de uma produtora. De cinco sócios passava para três. Comentei com um dos remanescentes que se a festa era boa daquele jeito por ele ter se libertado de dois sócios, imagine o carnaval que vai ser quando ele se livrar dos outros dois. Seus olhinhos brilharam.

O sócio ganha em importância na falência. Além de contar com alguém para compartilhar as dívidas, você saberá imediatamente quem é o culpado por estar nesta situação ridícula. E se a falência for fraudulenta, então, você poderá de bom grado colaborar com a justiça, delatando o criminoso responsável por toda essa sujeira.

Contrair sociedade é bom, mas há limites. Imagine se Deus, por exemplo, para criar o mundo tivesse arrumado um sócio. Um iria querer o mundo redondo e o outro em forma de donuts. A um apeteceria fazer tudo em seis dias e descansar no sétimo e o outro preferiria fazer em um dia e descansar nos outros seis. Um desejaria criar o homem à sua imagem e semelhança e o outro ambicionaria que ele tivesse a cara da sua mãe. Quando mandassem um representante aqui pra baixo não poderia ser filho de nenhum dos dois, para não melindrar. Sabe como são os sócios.

Henrique Szklo, szklo@uol.com.br, é escritor, publicitário, autor do livro "Só porque criou o mundo pensa que é Deus" e procura um sócio capitalista.

CPC Informática

A Tecnologia da Informação hoje é um dos maiores fatores de desenvolvimento mundial, dificultando assim a delimitação de suas fronteiras. A aplicação de diferentes ramos de tecnologia no processamento de informações tornou-se imprescindível para divulgação e organização de sua empresa.